Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme.
Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,sabes como é difícil sofrer tudo isso,
amontoar tudo issonum só peito de homem... sem que ele estale.
Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma, não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos – voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam.)
Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.
Outrora viajei países imaginários,
fáceis de habitar, ilhas sem problemas,
não obstante exaustivas e convocando ao suicídio.
Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notíciade que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.
Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
– Ó vida futura! Nós te criaremos.
domingo, 28 de noviembre de 2010
jueves, 25 de noviembre de 2010
Conheceste-me...
E me sonhaste como ninguém sonhou
E me falaste como ninguém falou
E me bebeste como ninguém bebeu
E me protegeste como ninguém protegeu;
E me coroaste como ninguém coroou
E me aturaste como ninguém aturou
E me escreveste como ninguém escreveu
E me comoveste como ninguém comoveu;
E me viste como ninguém viu
E me abriste como ninguém abriu
E me esperaste como ninguém esperou
E me namoraste como ninguém namorou;
E me acusaste como ninguém acusou
E me curaste como ninguém curou
E me ouviste como ninguém ouviu
E me assumiste como ninguém assumiu;
E me acompanhaste como ninguém acompanhou
E me respeitaste como ninguém respeitou
E me proveste como ninguém proveu
E me conheceste como ninguém conheceu;
E me exigiste como ninguém exigiu
E me sacudiste como ninguém sacudiu
E me desafiaste como ninguém desafiou
E me mudaste como ninguém mudou;
E me acolheste como ninguém acolheu
E me socorreste como ninguém socorreu
E me adulaste como ninguém adulou
E me inspiraste como ninguém inspirou;
E me atraíste como ninguém atraiu
E me seduziste como ninguém seduziu
E me tocaste como ninguém tocou
E me amaste como ninguém amou!
Fúria de Mar, Novembro 2010
E me falaste como ninguém falou
E me bebeste como ninguém bebeu
E me protegeste como ninguém protegeu;
E me coroaste como ninguém coroou
E me aturaste como ninguém aturou
E me escreveste como ninguém escreveu
E me comoveste como ninguém comoveu;
E me viste como ninguém viu
E me abriste como ninguém abriu
E me esperaste como ninguém esperou
E me namoraste como ninguém namorou;
E me acusaste como ninguém acusou
E me curaste como ninguém curou
E me ouviste como ninguém ouviu
E me assumiste como ninguém assumiu;
E me acompanhaste como ninguém acompanhou
E me respeitaste como ninguém respeitou
E me proveste como ninguém proveu
E me conheceste como ninguém conheceu;
E me exigiste como ninguém exigiu
E me sacudiste como ninguém sacudiu
E me desafiaste como ninguém desafiou
E me mudaste como ninguém mudou;
E me acolheste como ninguém acolheu
E me socorreste como ninguém socorreu
E me adulaste como ninguém adulou
E me inspiraste como ninguém inspirou;
E me atraíste como ninguém atraiu
E me seduziste como ninguém seduziu
E me tocaste como ninguém tocou
E me amaste como ninguém amou!
Fúria de Mar, Novembro 2010
Das Vantagens de Ser Bobo por Clarice Lispector
O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski. Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu. Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?" Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o amor faz o bobo.
miércoles, 24 de noviembre de 2010
Las palabras
Dentro del alma vive
La finitud de las cosas
Se expresa como pensamiento
Atormentado a veces
Calmo otras
Pensamiento incontrolable
Pensamiento que emite palabras
Como vida
Como muerte
Cual es la palabra justa que libera
Cual es la palabra justa que hire
La palabra justa que perfora el corazon
Da en el blanco
Como una bala disparada en el medio del pecho
Se astilla el corazon
Del que la escucha
La palabra
El que la escucha esta perdido en un mar de palabras
En un mar de palabras hirientes
El que la escucha se siente pequeño
Como un niño sin su madre
Lleno de miedo lejos de la realidad
Cual es la palabra dicha
En el momento justo
La que libera
La que sana
Las palabras som palabras
Hay palabras verdaderas
Hay palabras mentirosas
Algunas llenas de sueños
Algunas llenas de imsonio
Algunas llenas de olvidos
Algunas llenas de recuerdos
Alguna llenas de gratitud
Algunas ingratas
Agunas llenas de hipocrecia
Algunas transparentes como el agua
Algunas llenas de odio
Algunas llenas de amor
Pero las palabras mas iriente
Las más irientes son
Aquellas llenas de indiferencia
Comparo el graznido de las aves
Com la palabra humana
Comparo la musica majestuosa de Mahler
Con la palabra humana
La palabra humana por momentos
Por muchos momentos
Carece de etica
De amor a las mismas palabras
Que puedo yo decir de las palabras
Que las palabras no digan po si mismas
Solo se que siempre es preferible
Emitir palabras
Cuando son mejores que el silencio
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
La finitud de las cosas
Se expresa como pensamiento
Atormentado a veces
Calmo otras
Pensamiento incontrolable
Pensamiento que emite palabras
Como vida
Como muerte
Cual es la palabra justa que libera
Cual es la palabra justa que hire
La palabra justa que perfora el corazon
Da en el blanco
Como una bala disparada en el medio del pecho
Se astilla el corazon
Del que la escucha
La palabra
El que la escucha esta perdido en un mar de palabras
En un mar de palabras hirientes
El que la escucha se siente pequeño
Como un niño sin su madre
Lleno de miedo lejos de la realidad
Cual es la palabra dicha
En el momento justo
La que libera
La que sana
Las palabras som palabras
Hay palabras verdaderas
Hay palabras mentirosas
Algunas llenas de sueños
Algunas llenas de imsonio
Algunas llenas de olvidos
Algunas llenas de recuerdos
Alguna llenas de gratitud
Algunas ingratas
Agunas llenas de hipocrecia
Algunas transparentes como el agua
Algunas llenas de odio
Algunas llenas de amor
Pero las palabras mas iriente
Las más irientes son
Aquellas llenas de indiferencia
Comparo el graznido de las aves
Com la palabra humana
Comparo la musica majestuosa de Mahler
Con la palabra humana
La palabra humana por momentos
Por muchos momentos
Carece de etica
De amor a las mismas palabras
Que puedo yo decir de las palabras
Que las palabras no digan po si mismas
Solo se que siempre es preferible
Emitir palabras
Cuando son mejores que el silencio
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
miércoles, 17 de noviembre de 2010
Eres como un pájaro
Eres como un pájaro
Tu majestuoso vuelo de pájaro
Alas desplegadas confundidas con el cielo azul
Así es tu vuelo sobre mi vida
Brotan de tu boca dulces y tibios besos
Que caen sobre mi alma como mana en e mi desierto
Rompiste en mil pedazos los tiempos pasados
Me diste un nuevo día, de sol y de luces
Me distes nuevas noches de lunas llenas
Me cobijaste en tu cama ardiente
Te amarraste a mi vida con la fuerza de la tuya
Te ame por majestuosa, majestuosa dama de un sueño
Ahora no me amas, no importa
No importa si tu amor se ha ido
Tu sabor en mi boca está intacto
Tu cuerpo en comunión
Comunión misteriosa y mística
Comunión que continúa dentro de mi cuerpo
Te dejo libre en tu vuelo
Procura volar alto, no solo al ras del mar
Procura un vuelo alto, llega a la cumbre de las montañas
De las montañas más altas
Derrite el hielo y la nieve con tu vuelo ardiente
Continúa tu vuelo, continua tu vuelo
Persiste, persiste
Encontraras un nido para descansar
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
Tu majestuoso vuelo de pájaro
Alas desplegadas confundidas con el cielo azul
Así es tu vuelo sobre mi vida
Brotan de tu boca dulces y tibios besos
Que caen sobre mi alma como mana en e mi desierto
Rompiste en mil pedazos los tiempos pasados
Me diste un nuevo día, de sol y de luces
Me distes nuevas noches de lunas llenas
Me cobijaste en tu cama ardiente
Te amarraste a mi vida con la fuerza de la tuya
Te ame por majestuosa, majestuosa dama de un sueño
Ahora no me amas, no importa
No importa si tu amor se ha ido
Tu sabor en mi boca está intacto
Tu cuerpo en comunión
Comunión misteriosa y mística
Comunión que continúa dentro de mi cuerpo
Te dejo libre en tu vuelo
Procura volar alto, no solo al ras del mar
Procura un vuelo alto, llega a la cumbre de las montañas
De las montañas más altas
Derrite el hielo y la nieve con tu vuelo ardiente
Continúa tu vuelo, continua tu vuelo
Persiste, persiste
Encontraras un nido para descansar
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
viernes, 12 de noviembre de 2010
Caindo na pequena área: Por Fabricio Carpinejar
Assim como atacante simula um pênalti, o casal cava brigas.
Grande parte das discussões de relacionamento não acontece por uma justificativa clara e evidente, é pressa, desejo de resultados imediatos.
O divórcio tem motivo, a briga não. É aleatória, e invade inclusive os momentos felizes. O atacante poderia fazer gol e comemorar com a torcida, mas preferiu se jogar na área e contar com a cumplicidade do juiz. A esposa poderia beijá-lo, mas decidiu teimar com a aproximação de uma colega de trabalho e tecer perguntas constrangedoras.
Não existe briga legítima. Todas são forçadas, artificiais e teatrais. É um ranço à toa, uma provocação passageira, uma vontade de incomodar que escapou do controle. Há o equívoco de se pensar em criticar algo e logo mudar de assunto, ferir e esconder a arma, como se a palavra não fosse bumerangue e não viesse de volta, com muito mais força, cortar nossa cabeça. Planejamos a briga, o que não prevemos são as consequências. Entrar numa discussão é fácil, o orgulho não nos deixa sair.
A mulher tem algumas cartadas implacáveis para puxar seu parceiro ao ringue. Mesmo quando ele não quer e programou assistir seu futebol tranquilamente.
Eu já sofri com o blefe. Fui um zagueiro que não atingiu a centroavante e ela simulou agressão.
Estava quieto, pensativo, aguardando a rodada do Brasileiro, e minha namorada começa a antecipar a lista de tarefas da semana. Eu respondo educadamente, não entro em detalhes. Nada nos magoou durante o dia. Ela repete um ponto, replica de novo. Não que eu não tenha respondido, é que a resposta não a agradou. Tento reagir diferente, com outras palavras. Tudo sob controle, vocábulos neutros, os times entraram em campo.
Na hora do apito, como não encontrou qualquer argumento para discutir, ela vem com a tese de que a minha voz está diferente. Que voz de homem não fica diferente assistindo sua equipe?
Eu me ferrei, ninguém se salva dessa abordagem. Em vão, busco dissuadi-la da ideia, não reparo que é uma ideia fixa, indicando uma obsessão incontornável.
— Não, minha voz está a mesma.
— Não me engana, sei que aconteceu alguma coisa, o que foi?
— Nada, estou ótimo, te amo.
Apliquei o “te amo” para espantar as desavenças, um “te amo” preventivo. Faltou experiência no ramo, sempre que mencionamos um “te amo” solto do assunto é que virá guerra, é visto como um ato falho ou um sentimento de culpa.
— Eu conheço, sua voz está diferente.
— Não está, não está…
— Está sim! Está sim!
Ela aparecia com o velho papo de que me conhecia melhor do que eu, o que é irritante. Meu timbre permanecia igual, até que não aguento mais a insistência e passo a gritar.
— Que merda…— Viu?
— Viu o quê?—
Está brabo, acertei, sua voz estava diferente. Vai agora me dizer a verdade?
Não me pergunte qual foi o placar do jogo.
jueves, 11 de noviembre de 2010
Luciana no fue!
Fue una sorpresa, una verdadera sorpresa, cuando atendí el teléfono y oí la vos de Luciana clara como siempre, firme, decidida, 30 años sin escuchar su voz, sin verla. Despues de las preguntas de rigor, como estas? que es de tu vida? etc. etc. Luciana me conto cual era el motivo de su llamada, amigos comunes de las epoca de militancia se encontrarían en para tomar y comer alguna cosa y recordar viejos tiempo. Acepte inmediatamente. Recordaba a Luciana como si la ultiman vez que la hubiese visto hubiese sido ayer. Sus ojos verdes, profundos, su cuerpo maravillosamente esculpido, su pelo negro y largo, su piel blanca y sus labios rojos, recordaba el solerito floreado y liviano que ella llevaba el primer día que salí con ella una tarde de verano, caminamos por parque Centenario y nos sentamos a charlas e intercambiar opiniones sobre política en el bar El Balón, si ese bar simple que está en Gaona esquina Bolivia. Era ella una militante fuerte, clara, su oratoria era magnifica, dificilmente el que la escuchaba no se convencía de lo que ella proponía, argumentaba con solidez con conocimiento histórico, citaba a varios filósofos y politólogos con una certeza absoluta, palabra por palabra parecían elaboradas durante días y no, eran espontáneas le salían de su alma en ese momento. Era definitivamente una mente brillante.
Le conté a Carlos sobre lo entusiasmado que estaba por el hecho de encontrarme con mis compañeros, los que quedaron de esa época trágica de nuestra historia, claro que con todos, pero especialmente con Luciana.
El sábado me desperté temprano, ya estaba, como siempre, un poco ansioso por el encuentro. Llegue a la hora marcada 21 horas en el restaurante Campo Di Fiori, solíamos en las buenas épocas comer juntos en ese restaurante. Ya estaba José, Francisco, Graciela y Marcelo, abrazos, lágrimas, todos siempre pensando en los que no estaban. Estaba sentado del lado de la ventana que da a la calle Venezuela, y ahí la vi descender de un BMW gris, le dio un beso al hombre que manejaba y entro al restaurante. Saludo a todos, pero a mí, de forma especial, me dio un fuerte abrazo, tanto tiempo, que bien que estas, que bueno verte, siempre estoy pensando en los tiempos vividos juntos. Comenzamos las conversaciones, vino por medio, la comida pedida, y claro cada uno establecía su actual postura sobre situaciones que vivió y viví el país el mundo y América Latina en particular. Todos teníamos más o menso las mismas ideas, estábamos viviendo, pensábamos un periodo especial en el continente, muy esperanzador. Sorprendentemente Luciana se manifestó opuesta a casi todo lo que pensaba en el tiempo que vivimos juntos, claro, cualquiera puede cambiar de idea dentro de la ideología progresista que nos signo en la vida. Luciana decía que nuestra generación estaba equivocada, la igualdad no existe ni debe existir, necesitas tener una persona que limpie tu casa, dijo, que corte el pasto, que limpie la piscina de la casa de campo, concorde con algunas cosas, claro en una sociedad organizada cada uno debe hacer su parte le conteste, pero todo el mundo debe tener derecho a la libre educación, a la salud, a tener trabajo, comida, a criar a sus hijos con dignidad. Luciana contesto, esto es un charla de café, sabes la izquierda fracaso, me parece que no te enteraste, te quedaste en el 70, estamos en un mundo de derecha capitalista y que queras que te diga a mí me gusta. Créeme la izquierda está muerta remato. No hable ni una palabra más, termino la cena, ella me convido a tomar un café, me vio algo consternado, no acepte y regrese a mi casa pensando que buenos que me quede en el 70.
Al día siguiente Carlos me telefoneo, y como te fue, como estaba Luciana, dale decime la verdad?.
Queres que te diga la verdad Carlos, Luciana no fue, no fue al restaurante.
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
Le conté a Carlos sobre lo entusiasmado que estaba por el hecho de encontrarme con mis compañeros, los que quedaron de esa época trágica de nuestra historia, claro que con todos, pero especialmente con Luciana.
El sábado me desperté temprano, ya estaba, como siempre, un poco ansioso por el encuentro. Llegue a la hora marcada 21 horas en el restaurante Campo Di Fiori, solíamos en las buenas épocas comer juntos en ese restaurante. Ya estaba José, Francisco, Graciela y Marcelo, abrazos, lágrimas, todos siempre pensando en los que no estaban. Estaba sentado del lado de la ventana que da a la calle Venezuela, y ahí la vi descender de un BMW gris, le dio un beso al hombre que manejaba y entro al restaurante. Saludo a todos, pero a mí, de forma especial, me dio un fuerte abrazo, tanto tiempo, que bien que estas, que bueno verte, siempre estoy pensando en los tiempos vividos juntos. Comenzamos las conversaciones, vino por medio, la comida pedida, y claro cada uno establecía su actual postura sobre situaciones que vivió y viví el país el mundo y América Latina en particular. Todos teníamos más o menso las mismas ideas, estábamos viviendo, pensábamos un periodo especial en el continente, muy esperanzador. Sorprendentemente Luciana se manifestó opuesta a casi todo lo que pensaba en el tiempo que vivimos juntos, claro, cualquiera puede cambiar de idea dentro de la ideología progresista que nos signo en la vida. Luciana decía que nuestra generación estaba equivocada, la igualdad no existe ni debe existir, necesitas tener una persona que limpie tu casa, dijo, que corte el pasto, que limpie la piscina de la casa de campo, concorde con algunas cosas, claro en una sociedad organizada cada uno debe hacer su parte le conteste, pero todo el mundo debe tener derecho a la libre educación, a la salud, a tener trabajo, comida, a criar a sus hijos con dignidad. Luciana contesto, esto es un charla de café, sabes la izquierda fracaso, me parece que no te enteraste, te quedaste en el 70, estamos en un mundo de derecha capitalista y que queras que te diga a mí me gusta. Créeme la izquierda está muerta remato. No hable ni una palabra más, termino la cena, ella me convido a tomar un café, me vio algo consternado, no acepte y regrese a mi casa pensando que buenos que me quede en el 70.
Al día siguiente Carlos me telefoneo, y como te fue, como estaba Luciana, dale decime la verdad?.
Queres que te diga la verdad Carlos, Luciana no fue, no fue al restaurante.
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
martes, 2 de noviembre de 2010
Mi Perro. A mi hermano Negro, mi mejor amigo.
“Todos los hombres son dioses para su perro. Por eso hay gente que ama más a sus perros que a los hombres”
Aldous Huxley
Eduardo nació en un tórrido mes de febrero, en el seno de una humilde familia del de La Boca, en un conventillo típico de ese barrio porteño, en la calle Olavarría, en realidad nació a las 9 de la mañana hs de en el hospital Argerich. Pequeño, esmirriado, muy delgado, no ganaba peso por que comía poco, continuamente enfermo, Eduardo era una verdadera preocupación para sus padres.
Los médicos no daban con el diagnostico preciso y por tanto todo los tratamiento fallaban. Tenía 8 meses cuando fue internado en el mismo hospital donde nació por una neumonía que lo dejo al borde de la muerte, se recupero lentamente pero difícilmente se podía decir que su pronóstico era bueno. Los médicos les sugirieron a sus padres que, si podían, se mudaran de barrio, se fueran para un área más rural, para el campo, mejor todavía, si era posible.
Fue así que la familia se mudo a una ciudad localizada a 30 kilómetros de Buenos Aires que en esa época era realmente una ciudad rural. La casa estaba lejos del centro la ciudad, rodeada de campo, calles de tierra y aire bien puro. Era una casa grande con un amplio parque que en poco tiempo se llenaron de flores y árboles frutales.
Eduardo tenía casi un año y todavía no caminaba, su salud había mejorado notablemente pero todavía se lo veía muy flaco y continuaba comiendo poco.
Una tarde de abril el padre de trajo un regalo que cambiaría radicalmente la vida de Eduardo. Un perro, un Collí Belga, peludo y negro, maravillosamente cariñoso. Eduardo no lo podía creer, su alegría fue inmensa, pasaba el día rodeado del perro que bautizaron por su color con el nombre de “Negro”. Negro sentía un cariño especial por Eduardo y siempre a pesar de ser cachorro, presentía que Eduardo necesitaba de él. Eduardo tenía casi 18 meses y todavía no caminaba, solo gateaba, Negro ya tenía 5 meses y ya como es típico de esa raza su porte era importante.
Un día de verano extremadamente caluroso, los padres de Eduardo estaban tomando mate en el jardín, cuando vieron algo que los dejos profundamente y gratamente sorprendidos. Eduardo venia caminando agarrado a la cola peluda de Negro, el perro caminaba despacio y a cada momento miraba hacia atrás a Eduardo para estar seguro de que se encontraran bien. Desde ese día comenzó a caminar primero agarrado del perro y de a poco se soltó y comenzó a caminar solo. Se soltó físicamente porque efectivamente, espiritualmente quedaría agarrado a Negro durante toda su vida.
Transcurrían felices lo años de la infancia, siempre Eduardo con su perro. Iban juntos a pescar y Negro se acostaba al lado de él mirando atentamente, vigilando, esperando pacientemente el pique de algún pez, o asistía, cuando Eduardo jugaba al futbol con sus amigos en el campito de la esquina. Como Eduardo era delgado siempre se lo llevaban por delante, la primera vez que Eduardo se peleo con uno de los jugadores del equipo contrario, Negro entro a la cancha y gruño amenazante al chico que quería pelearse con Eduardo. Desde entonces siempre que Negro estuviese asistiendo al partido de futbol ninguno se animaba a tocar a Eduardo. Tanto en la escuela primaria como en la secundaria Negro despedía a Eduardo en la puerta de su casa y a la hora del regreso lo esperaba en el mismo lugar, cuando lo veía, una cuadra antes de llegar, corría alegremente a su encuentro, eran dos seres que se amaban.
Así pasaron los años, Eduardo creció se transformo en un muchachón bien fuerte, quedo atrás ese niño esmirriado y flaco que fue la preocupación de su familia.
Negro también envejeció ya cerca de los 16 años de edad estaba mucho más lento, sin algunos dientes pero lucido y sus gestos de alegría al ver a Eduardo continuaban como siempre.
Eduardo ingreso a la Facultad de Medicina, vivía en La Plata y regresaba solo lo fines de semana, Negro se enfermo, según el veterinario tenía un cáncer de hígado. Cuando Eduardo lo supo su tristeza fue infinita, era un hermano que se estaba muriendo.
Estaba en La Plata cuando su papa lo llamo y le dijo que viniera que Negro estaba mal. Eduardo le dijo a su papa: “por favor decile que me espere que no se muera antes de verme”. Salió en el primer tren para su casa.
Entro en el galpón donde Negro tenía su cama, miro a Eduardo con sus ojos brillosos, hizo un gesto de alegría, movió la cola, ya no tenía fuerzas, Eduardo lo tomo en sus brazos y lo abrazo fuerte, lloro desesperadamente, murió en sus brazo, Eduardo dijo en vos alta “gracias Negro por esperarme, gracias por haber vivido todo estos años conmigo.
El mismo lo enterró rechazando la ayuda de su padre, solo, el mismo cavo el pozo en el parque donde tanto jugaron, cubrió de tierra su tumba, planto flores y coloco un pequeña lapida de madera con un dicho de su bisabuela “Desconfía del que no quiere a los animales y a la plantas, desconfía, es factible que tampoco quiera a los hombres”
Mi querido Negro, cuanto te necesite en los momentos más aciagos de mi vida!, cuanto te necesite para que me defiendas de las más feroces agresiones hechas por los hombres. En los momentos más tristes de mi vida necesite tu lengua lambiendo mi cara, abrazar tu cuerpo peludo y negro. Me acompaña el recuerdo de jugar con vos en el parque, las corridas por la plaza, tu cariño incondicional. Me hubiese gustado conocer a personas con tu actitud fiel y desinteresada durante mi vida toda.
Los médicos no daban con el diagnostico preciso y por tanto todo los tratamiento fallaban. Tenía 8 meses cuando fue internado en el mismo hospital donde nació por una neumonía que lo dejo al borde de la muerte, se recupero lentamente pero difícilmente se podía decir que su pronóstico era bueno. Los médicos les sugirieron a sus padres que, si podían, se mudaran de barrio, se fueran para un área más rural, para el campo, mejor todavía, si era posible.
Fue así que la familia se mudo a una ciudad localizada a 30 kilómetros de Buenos Aires que en esa época era realmente una ciudad rural. La casa estaba lejos del centro la ciudad, rodeada de campo, calles de tierra y aire bien puro. Era una casa grande con un amplio parque que en poco tiempo se llenaron de flores y árboles frutales.
Eduardo tenía casi un año y todavía no caminaba, su salud había mejorado notablemente pero todavía se lo veía muy flaco y continuaba comiendo poco.
Una tarde de abril el padre de trajo un regalo que cambiaría radicalmente la vida de Eduardo. Un perro, un Collí Belga, peludo y negro, maravillosamente cariñoso. Eduardo no lo podía creer, su alegría fue inmensa, pasaba el día rodeado del perro que bautizaron por su color con el nombre de “Negro”. Negro sentía un cariño especial por Eduardo y siempre a pesar de ser cachorro, presentía que Eduardo necesitaba de él. Eduardo tenía casi 18 meses y todavía no caminaba, solo gateaba, Negro ya tenía 5 meses y ya como es típico de esa raza su porte era importante.
Un día de verano extremadamente caluroso, los padres de Eduardo estaban tomando mate en el jardín, cuando vieron algo que los dejos profundamente y gratamente sorprendidos. Eduardo venia caminando agarrado a la cola peluda de Negro, el perro caminaba despacio y a cada momento miraba hacia atrás a Eduardo para estar seguro de que se encontraran bien. Desde ese día comenzó a caminar primero agarrado del perro y de a poco se soltó y comenzó a caminar solo. Se soltó físicamente porque efectivamente, espiritualmente quedaría agarrado a Negro durante toda su vida.
Transcurrían felices lo años de la infancia, siempre Eduardo con su perro. Iban juntos a pescar y Negro se acostaba al lado de él mirando atentamente, vigilando, esperando pacientemente el pique de algún pez, o asistía, cuando Eduardo jugaba al futbol con sus amigos en el campito de la esquina. Como Eduardo era delgado siempre se lo llevaban por delante, la primera vez que Eduardo se peleo con uno de los jugadores del equipo contrario, Negro entro a la cancha y gruño amenazante al chico que quería pelearse con Eduardo. Desde entonces siempre que Negro estuviese asistiendo al partido de futbol ninguno se animaba a tocar a Eduardo. Tanto en la escuela primaria como en la secundaria Negro despedía a Eduardo en la puerta de su casa y a la hora del regreso lo esperaba en el mismo lugar, cuando lo veía, una cuadra antes de llegar, corría alegremente a su encuentro, eran dos seres que se amaban.
Así pasaron los años, Eduardo creció se transformo en un muchachón bien fuerte, quedo atrás ese niño esmirriado y flaco que fue la preocupación de su familia.
Negro también envejeció ya cerca de los 16 años de edad estaba mucho más lento, sin algunos dientes pero lucido y sus gestos de alegría al ver a Eduardo continuaban como siempre.
Eduardo ingreso a la Facultad de Medicina, vivía en La Plata y regresaba solo lo fines de semana, Negro se enfermo, según el veterinario tenía un cáncer de hígado. Cuando Eduardo lo supo su tristeza fue infinita, era un hermano que se estaba muriendo.
Estaba en La Plata cuando su papa lo llamo y le dijo que viniera que Negro estaba mal. Eduardo le dijo a su papa: “por favor decile que me espere que no se muera antes de verme”. Salió en el primer tren para su casa.
Entro en el galpón donde Negro tenía su cama, miro a Eduardo con sus ojos brillosos, hizo un gesto de alegría, movió la cola, ya no tenía fuerzas, Eduardo lo tomo en sus brazos y lo abrazo fuerte, lloro desesperadamente, murió en sus brazo, Eduardo dijo en vos alta “gracias Negro por esperarme, gracias por haber vivido todo estos años conmigo.
El mismo lo enterró rechazando la ayuda de su padre, solo, el mismo cavo el pozo en el parque donde tanto jugaron, cubrió de tierra su tumba, planto flores y coloco un pequeña lapida de madera con un dicho de su bisabuela “Desconfía del que no quiere a los animales y a la plantas, desconfía, es factible que tampoco quiera a los hombres”
Mi querido Negro, cuanto te necesite en los momentos más aciagos de mi vida!, cuanto te necesite para que me defiendas de las más feroces agresiones hechas por los hombres. En los momentos más tristes de mi vida necesite tu lengua lambiendo mi cara, abrazar tu cuerpo peludo y negro. Me acompaña el recuerdo de jugar con vos en el parque, las corridas por la plaza, tu cariño incondicional. Me hubiese gustado conocer a personas con tu actitud fiel y desinteresada durante mi vida toda.
Es este mi pequeño homenaje a un animal que fue mi amigo, mi hermano de la vida.
Poeta de Luna
Cassino, noviembre de 2010
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